HIROMI TAKANO e MIKHAELA KAWAHARA

Hiromi Takano e Mikhaela Kawahara são duas artistas apaixonadas pelo Sumi-e. São nikkei, naturais de Brasília, DF. Hiromi Takano é Psicóloga, com especializações em Avaliação Psicológica e Arteterapia. Mikhaela Kawahara é estudante de Medicina.

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Para elas, a arte e seu aprendizado são o resultado do Densho, processo que consiste no diálogo baseado na palavra verdadeira, diálogo no qual o conhecimento é passado de geração a geração, por meio do convívio, da observação atenta e da prática. Por isso, a pintura dever ser realizada com a mesma atitude de monges e samurais, ou seja, os instrumentos – papel, pincel e tinta – e os temas são tratados com reverência e gratidão. Suas pinturas, portanto, preservam os fundamentos do Sumi-e clássico, enraizados na cultura de seus ancestrais, mas também são vitalizadas para o mundo contemporâneo, com temas e propostas que visam atender à riqueza e aos desafios da realidade brasileira.

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Em artigos e livros publicados, as artistas chamam a atenção para a valorização de temas da paisagem natural e urbana de Brasília por meio da arte, e, também para a prática do Sumi-e como pintura meditativa, como importante instrumento de arte-educação, com vistas ao desenvolvimento humano e ao bem-estar.

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As obras de ambas as artistas já são reconhecidas internacionalmente, inclusive no Japão, país de origem da arte Sumi-e. Em 2022, a convite do Mestre Yakata Ransui, Hiromi Takano participou da exposição International Chinese Calligraphy and Ink Painting Society (ICCPS), com a obra Impermanence, a qual recebeu a premiação International Culture Exchange Award. Em 2023, recebeu o convite Mestre Hansui Yakata para presidir o ICCPS Brasil. 

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As duas artistas trabalham ativamente para a divulgação da arte Sumi-e e da cultura japonesa, por meio de exposições e oficinas. Também dão aulas de Sumi-e, no Templo Shin Budista, em Brasília, DF. Além disso, realizam trabalho voluntário com jovens e adultos, voltado para a arte-educação e o bem-estar, em parceria com escolas públicas, unidades básicas de saúde (UBS), órgãos do governo e organismos internacionais. Com essas atividades, Hiromi Takano e Mikhaela Kawahara promovem ações voltadas para a realização dos objetivos de desenvolvimento social, principalmente a inclusão social, a educação e a saúde.

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Assim, a arte Sumi-e, desenvolvida e praticada por monges e samurais, se faz viva e atual como arte, prática meditativa e instrumento para auxiliar pessoas de todos os gêneros e de todas as idades, em particular aquelas em situação de vulnerabilidade, a desenvolverem em si o aquietamento mental necessário para enfrentarem os desafios cotidianos. Nesse trabalho, as artistas têm recebido o importante reconhecimento e incentivo e apoio do Sr. Hayashi Teiji, Embaixador do Japão no Brasil, um excelente artista de Sumi-e, a quem são extremamente gratas.